9 de abril de 2015

Resenha: A Travessia - William P. Young


Livro: A Travessia
Autor: William P. Young
Editora: Arqueiro
Páginas: 235


Um derrame cerebral deixa Anthony Spencer, um multimilionário egocêntrico, em coma. Quando “acorda”, ele se vê em um mundo surreal habitado por um estranho, que descobre ser Jesus, e por uma idosa que é o Espírito Santo. À sua frente se descortina uma paisagem que lhe revela toda a mágoa e a tristeza de sua vida terrena. Jamais poderia ter imagina do tamanho horror. Debatendo-se contra um sofrimento emocional insuportável, ele implora por uma segunda chance.
Sua prece é ouvida e ele é enviado de volta à Terra, onde viverá uma experiência de profunda comunhão com uma série de pessoas e terá a oportunidade de reexaminar a própria vida. Nessa jornada, precisará “enxergar” através dos olhos dos outros e conhecer suas visões de mundo, suas esperanças, seus medos e seus desafios.
Na busca de redenção, Tony deverá usar um poder que lhe foi concedido: o de curar uma pessoa.


O escritor William P. Young é o autor do livro que A Cabana, chorei muito com este livro, na verdade foi o livro que mais me fez chorar e igual a ele nunca li nenhum.
Eu diria que A Cabana e A Travessia são livros parecidos e ao mesmo tempo diferentes. A Travessia não me fez chorar, mas me fez refletir.
Como assim diferentes e parecidos? Bom, nos dois os personagens encontram Jesus e o Espirito Santo em situações diferentes, em A Cabana o pai perde a filha e em A Travessia um milionário, egoísta e solitário por opção vai parar numa cama de hospital.
Anthony Spencer ou Tony como era chamado é um homem poderoso, que construiu um império, porém tudo o que tinha a sua volta eram bens materiais. Ele tinha tanto medo de que alguém levasse tudo o que ele tinha, que sempre estava achando um jeito de se esconder e proteger suas coisas, suas senhas eram trocadas a qualquer momento, seu apartamento secreto tinha um quarto secreto, já deu para imaginar né? O tipo de pessoa que não confia na própria sombra. Até que...
- Um homem de 40 e poucos anos. Aquela senhora o encontrou caído no chão ao lado do próprio carro. Ele vomitou e está cheirando a álcool. Tem um talho grande na cabeça, cortes no rosto e não está reagindo. Imobilizamos com um colar cervical e colocamos uma máscara de oxigênio.
Pois é, lá está Tony, o homem que só tinha bens, não tinha fé e nem esperança, na U.T.I. de um hospital. Sozinho? Ninguém está sozinho. Ai começa a jornada de Tony, não estou querendo discutir religião, porém qual o sentido da vida se não tivermos fé e esperança? Tony não tinha nenhum dos dois.
De repente, ele está conversando com Jack, que começa a lhe explicar como ele foi parar ali, o que era aquele lugar que tinha um ar sombrio. Ele estava ali por algum motivo e claro que ele queria saber qual.
- Então tá, Jack da Irlanda, que diz me conhecer, que inferno de lugar é esse onde estou?
 Como entender aquele lugar cheio de ruínas, caminhos estreitos, muros, casebres, pontos escuros, mal cheiro e então ele busca o porque de estar ali...
- Na verdade, você não pode curar ninguém, não sozinho, mas estarei ao seu lado, e a pessoa por quem decidir orar, eu a curarei através de você. Mas este tipo de cura física é, no fim das contas, temporária. Até aqueles que são curados pela fé acabam por morrer um dia.
Quando tudo parecia fazer sentido, afinal ele estava ali para curar, tudo perde o sentido novamente para Tony, pois através dos olhos de Cabby, Maggie e Clarence ele começa a ter novamente sentimentos, começa a reviver seus medos, seus segredos, conhece a confiança, o amor e o perdão. E esses três personagens, juntamente com Jack, Vovó, Convencido, Petulante e o Ego levaram Tony a sua auto avaliação, como está sua alma e o que ele cultivou. Como pode fazer coisas tão cruéis com sua ex- mulher (com quem se casou duas vezes), porque não fala com seu irmão caçula, porque não consegue demonstrar o amor para sua filha Angela e então ele começa a derrubar seus muros.
Seria essa a missão de Tony, o homem sem fé e esperança curar alguém? Como poderia? Iria ele curar a si mesmo já que estava na cama de um hospital? Como poderia escolher uma única pessoa se estava no hospital onde todos esperam por cura. 
Poderia ficar aqui escrevendo sobre este livro que não me fez chorar e sim refletir muito, autoajuda, religioso? Eu diria que não, eu diria que é reflexão que não devemos construir muros e afastar as pessoas, que sempre precisamos de alguém e nunca estamos completamente sozinhos.


Bom, para você saber como termina terá que ler o livro, que no inicio é meio confuso e cansativo, mais depois muda completamente e desejamos ver seu final, vou encerrar com uma frase do livro e se você gostou ou não da resenha deixe seu comentário, sua opinião é importante para nós. Até breve.
O que deixamos para trás e o que nos espera adiante pouco importam se comparados com o que existe dentro de nós. - Ralph Waldo Emerson. (capitulo 14 - Cara a Cara)




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1 comentários:

  1. Entendi perfeitamente o que diz dizer com os livros A Cabana e A travessia serem iguais e diferentes. Realmente esse faz a gente repensar a vida.
    Li os dois, mas gostei especialmente mais do A Cabana.

    Boutique de Clichês

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